A sensação real de cheirar o cangote de um colibri que passeou o dia todo pelo bosque.
O nome desse perfume é perfeito para descrever. Ele tem um cheiro diferente de tudo que já senti em perfumes. É um cheiro pequeno, médio-agudo e curto, realmente como um colibri.
Não é um cheiro longo e amplo que entra e logo chega aos pulmões, preenchendo toda a via aérea. Pelo contrário, ele é curto e para no meio.
Descrevendo o cheiro com referências, no topo de tudo ele tem cheiro de suco de uva de pozinho, já diluído na água de forma mais rala. Junto desse suco sinto um cheiro difícil de nomear, mas eu diria que é cheiro de fibra natural, porque me remete a 3 coisas:
1 - as penas do pássaro (tem cheiro de pena mesmo).
2 - cheiro de cabelo, puro, sem sujeira e sem cheiro de shampoo. Cheiro do material cabelo.
3 - Ao mesmo tempo, se passa por cheiro de papel também. Mas não aquele papel do livro novo, nem da copiadora. Um papel bem neutro.
Junto do suco ralinho e do cheiro de fibras, tem o chantilly confortável ao fundo deixando um cheirinho bem aconchegante e um toque amadeirado de sândalo.
Mais pro final o almíscar aparece muito gostoso.
Mas resumindo, 70% do tempo é: suco de uva de pozinho bem realinho na água, penas de colibri, chantilly e sândalo (leve) de fundo.
Em mim ficou bem intimista. Fixa bem, mas fica rente à pele. Ele é delicadíssimo. Parece que abracei um colibri pequetito. É uma experiência legal.